Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Brasiliopuntia brasiliensis (Willd.) A.Berger LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 10-02-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie de ampla distribuição na floresta atlântica costeira, atingindo áreas interiores do Cerrado e Caatinga, em ampla variedade de fitofisionomias. Tem potencial para frutificar ainda em alturas muito mais baixas que seu potencial máximo (de porte arborescente). Presente em unidades de conservação (SNUC) e tem potencial para recolonizar ambientes sujeitos a extinção local. Seus frutos são comestíveis, mas não apresentam extração comercial.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Brasiliopuntia brasiliensis (Willd.) A.Berger;

Família: Cactaceae

Sinônimos:

  • > Opuntia brasiliensis ;
  • > Brasilopuntia brasiliensis ;
  • > Brasiliopuntia subacarpa ;
  • > Cactus brasiliensis ;
  • > Cactus arboreus ;
  • > Cactus heterocladus ;
  • > Opuntia arborea ;
  • > Opuntia bahiensis ;
  • > Opuntia brasiliensis subsp. bahiensis ;
  • > Opuntia brasiliensis subsp. subacarpa ;
  • > Brasiliopuntia bahiensis ;
  • > Brasiliopuntia brasiliensis subsp. bahiensis ;
  • > Brasiliopuntia brasiliensis subsp. subacarpa ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Essa espécie apresenta grande variação na forma e coloração dos frutos e no número, forma e intensidade de coloração das peças do perianto (Taylor; Zappi, 2004).

Dados populacionais

Cardoso et al., (2009) observaram que B. brasiliensis é comum no sub-bosque de uma floresta estacional semidecídua na Bahia.Cestaro; Soares (2004), realizando levantamento fitossociológico em um fragmento de floresta decídua no Rio Grande do Norte, verificaram que a espécie é localmente rara, tendo sido representada por apenas um indivíduo na amostragem, e apresentando uma densidade relativa de 0,19%.Assis et al. (2004), realizando levantamento fitossociológico em uma mata de restinga em Guarapari, ES, verificaram que B. brasiliensis apresenta abundância intermediária no local, sendo representada por 19 indivíduos que corresponderam a 1,19% da abundância total.Silva; Nascimento (2001), realizando levantamento fitossociológico em uma mata de tabuleiro no norte fluminense, verficaram que B. brasiliensis apresenta abundância intermediária no local, sendo representada por 11 indivíduos que corresponderam a 1,95% da abundância total.Em levantamento fitossociológico em uma mata de restinga em Saquarema, RJ, verificou-se que B. brasiliensis é localmente raral, sendo representada por quatro indivíduos que corresponderam a 0,5% da abundância total.

Distribuição

Segundo a Flora do Brasil (Zappi et al., 2012) , a espécie ocorre desde São Paulo até Pernambuco, me Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.

Ecologia

Ocorre principalmente em substratos arenoso profundos e sobre rochas (Taylor; Zappi, 2004).Apresenta metabolismo CAM (Scarano et al., 2001).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes No norte fluminense a espécie vem sofrendo com o impacto do desmatamento (corte raso) e da degradação do habitat resultante de atividades agropecuárias e expansão urbana (Assumpção; Nascimento, 2000).As florestas estacionais em que a espécie ocorre vêm sendo continuamente desmatadas (Cardoso et al., 2009).As florestas do norte fluminense, onde a espécie ocorre, vêm sendo severamente desmatadas devido à expansão de atividades agrícolas, principalmente monoculturas de cana de açúcar (Carvalho et al., 2006).A espécie sofre com a degradação do habitat resultante do impacto do corte seletivo e da pecuária em um fragmento de floresta estacional decidual no Rio Grande do Norte (Cestaro; Soares, 2004).Nas restingas da região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro, a espécie sofre com o impacto do desmatamento e da expansão urbana (Freitas, 1990).

Ações de conservação

4.4.2 Establishment
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre em várias unidades de conservação (SNUC), como o Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional do Pau Brasil e Estação Ecológica Estadual de Guaxindinba (CNCFlora, 2011).

1.2.2.1 International level
Situação: on going
Observações: A espécie é legalmente protegida pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Selvagens da Fauna e da Flora (CITES, 2011).

1.2.2 Implementation
Situação: on going
Observações: A espécie é considerada "Menos preocupante" (LC), segundo a Lista Vermelha da IUCN (2010).

Referências

- CESTARO, L. A.; SOARES, J. J. Variações florística e estrutural e relações fitogeográficas de um fragmento de floresta decídua no Rio Grande do Norte, Brasil, Acta Botanica Brasilica, v.18, p.203-218, 2004.

- ZAPPI, D.; TAYLOR, N.; MACHADO, M. Cactaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB000070>.

- TAYLOR, N.; ZAPPI, D. Cacti of Eastern Brazil. Kew: Royal Botanic Gardens, 2004.

- SILVA, G.C.; NASCIMENTO, M.T. Fitossociologia de um remanescente de mata sobre tabuleiros no norte do estado do Rio de Janeiro (Mata do Carvão). Revista Brasileira de Botânica, v. 3, n. 1, p. 51-62, 2001.

- ASSIS, A.M.; PEREIRA, O.J.; THOMAZ, L.D. Fitossociologia de uma floresta de restinga no Parque Estadual Paulo César Vinha, Setiba, município de Guarapari (ES). Revista Brasileira de Botânica, v. 27, n. 2, p. 349-361, 2004.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

- CARDOSO, E.; MORENO, M.I.C.; GUIMARÃES, A.J.M. Estudo fitossociológico em área de cerrado sensu stricto na Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental Galheiro - Perdizes, MG. Caminhos da Geografia, v. 3, n. 5, 2003.

- TAYLOR, N. P. Brasilicereus markgrafii in The IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.2, IUCN. IUCN. Disponivel em: <www.iucnredlist.org>.

- CITES. LISTA DE ESPECIES CITES, p.554, 2011.

- SCARANO, F. R.; DUARTE, H. M.; RIBEIRO, K. T. ET AL. Four Sites with Contrasting Environmental Stress in Southeastern Brazil: Relations of Species, Life Form Diversity, and Geographic Distribution to Ecophysiological Parameters. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 136, n. 4, p. 345-364, 2001.

- ASSUMPÇÃO, J.; NASCIMENTO, M.T. Estrutura e composição florística de quatro formações vegetais de restinga no complexo lagunar Grussaí/Iquipari, São João da Barra, RJ, Brasil. Acta bot. bras., v. 14, n. 3, p. 301-315, 2000.

- CARVALHO, F. A.; BRAGA, J. M. A.; GOMES, J. M. J. ET AL. Comunidade Arbórea de uma Floresta de Baixada Aluvial no Município de Campos dos Goytacazes, RJ. Cerne, v. 12, n. 2, p. 157-166, 2006.

- FREITAS, M.D.F. Cactaceae da Área de Proteção Ambiental da Massambaba, Rio de Janeiro, Brasil., Rodriguésia, v.44, n.44, p.67-91, 1990.

Como citar

CNCFlora. Brasiliopuntia brasiliensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Brasiliopuntia brasiliensis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 10/02/2012 - 15:37:23